quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Questionando o Cristianismo


A "Bíblia" é o ponto central da fé cristã, isso é inegavel, mas vamos ver um pouco da história da Bíblia.
Primeiramente vamo tentar falar sobre o cristianismo. Jesus (Yeshua) o Emanuel, nasceu por volta do ano 4 a.c. (pois é, não me perguntem porque), segundo a Bíblia, sua mãe Maria recebeu a visita de um anjo avisando-a que iria conceber um filho, através do "Espiríto Santo". E assim foi feito. Perseguido durante toda sua vida Jesus pregou sua doutrina quando já era adulto e morreu com cerca de 33 anos, deixando assim um legado grandioso. Diferentemente do que os discipulos de Jesus teimam em retratar, os Fariseus (seita judaica popular na época) não eram totalmente contra Jesus. Lucas, em seu evangelho fala sobre Fariseus que convidaram Jesus para comer em suas casas. Flávio Josefo em sua obra "A História dos Hebreus", retrata o cristianismo e a Pessoa de Jesus como virtuosos."
Durante o primeiro século (d.c.) o cristanismo não era algo centralizado, institucionado, e nem todos cristãos pensavam igualmente, haviam até os partidários de que Jesus não era "filho de D'us, e muitos negavam a tradição Paulina defendida pela igreja católica e as que sucederam-na.
Durante muito tempo os cristão brigaram entre si, e enfretaram a fúria do imperio romano.
Até que em 313 d.c. o Imperador Constatino declara o Édito de Milão (ou "de tolerância"), na qual o Cristianismo é aceito como religião do Império, podendo receber bens, donativos, etc. Em 392 d.c. , pelo Imperador Teódosio I, o cristianismo se torna religião oficial do império,tornando a igreja como intituição a serviço do Império. O alvo das perseguições do estado passa agora a ser os pagãos. Surge assim a Igreja Católica Apostólica Romana.

Pois bem, se por um lado a igreja estava conciliada com o estado romano, os cristãos não estavam da mesma forma com outros cristãos. Havia muitas discordancias acerca de vários pensamentos sobre a doutrina de Cristo, travando assim uma continua luta entre os cristãos, o que levou à criação dos concilios Eucumênicos da Igreja Católica. Desses concilios surgem os Dogmas, e quem fosse contrários a eles, seriam considerados pessoas perigosas, endemoniadas e mereciam castigo. Durante essa época vemos a supreção da mais importante interpretação do cristianismo (na minha opnião), os gnósticos, mesmo não sendo eles todos partidarios de uma idéia centralizada acerca da doutrina, mas em muitos aspectos todos concordavam, como por exemplo a gnóse (conhecimento em grego arcáico), que deveria ser encontrado dentro de nós mesmo, algo bastante parecido com o estado de Buddha para o budismo. Esses gnósticos eram muito criticados por sua ligação como helenismo, muitos eram o que tentavam a todo custo rechaçar os judeus e suas tradições.

Nesses concilios foram onde também decidiram que livros deveriam constar no canôn da Igreja como elementos excênciais para a fé, e quais não. Devemos avaliar o fato de que a igreja e o Império estavam controlados por interesses bastantes claros, a de expansão e dominação, e portanto qualquer pensamento que colocasse em "xeque" seus interesses deveriam ser perseguidos, o que levou a escolha do canôn que segue até os dias de hoje (depois da reforma protestante a Igreja católica decidiu adicionar alguns livros a mais para diferenciar os católicos dos protestantes), e assim nasce a Bíblia, não como uma herança de "D'us" (YhWh), mas sim como forma de controle e expansão sobre os povos.

Durante o périodo que seguiria com o fim da Idade Medieval, muito conceitos da igreja foram postos em situações não favóraveis com as descobertas cientificas, levando muitas pessoas a serem mortam pelo simples fato de contestarem a "infabilidade" da Bíblia.
Uma dessas questões levantadas por essas pessoas passa a ser quem gira ao redor de quem, a terra que gira ao redor do sol, ou o sol ao redor da terra. Essas teórias começaram a ser inicialmente defendida por Aristaco de Samos, mas só foram ter notoriedade com pessoas como Nicolau Corpênico e Galileu Galilei.
A Igreja logo se posicionou contrária a definição defendida por tais pessoas, usando a "infalibilidade" da Bíblia, na qual, dizia que Josué, no Antigo testamento, orou a D'us para que fizesse o Sol parar, e assim foi feito. Partindo daí a definição de que o Sol girava sim em torno da terra bem como todos os outros astros, e pensar o contrário disso era uma tremenda subversão à igreja da "verdade".

Em 1945 foram encontrados rolos de manuscritos contendo vários textos Apócrifos (em grego 'ocultos', mas defendidos pelas igrjas cristãs como não inspirados por Deus") dentre eles vários textos gnósticos, como o "Evangelho segundo Didmas Thomas"(Tomé) que nos mostra palavras de conhecimentos proferidas por Jesus, o vivo, e o Evangelho segundo Maria Madalena. Esse legado gnóstico ressurge hoje como uma fenix das cinzas e nos faz pensar que rumos teria tomado a humanidade se os gnósticos tivessem tomado o lugar dos cristãos "tradicionais".

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